Mandamento Wiccan

Faça o que entender, desde que não prejudique ninguém

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Antigos Caminhos

Os Antigos Caminhos ou Antiga Religião na sua essência, é uma visão da Terra como a Mãe da Vida. Vários seres vivem sob o seu cuidado; os seres físicos são os zeladores da Natureza e os seres espirituais concedem vitalidade e a essência da vida a plantas e animais. É por isso mesmo que se fazem oferendas a espíritos, na tentativa de conseguir que façam determinadas plantações renderem mais, rebanhos crescerem, etc.
O Círculo Ritual tradicionalmente era feito diante de uma grande árvore, perto de água corrente. A água tinha 2 propósitos: criava um fluxo de energia por causa da sua própria corrente e a mente subconsciente era estimulada pelo som da água , conectando a energia mágica provocada pelo ritual no nível emocional. A correspondência da água com as emoções e das emoções com o subconsciente, criavam por extensão uma passagem para o astral.
As árvores são seres mágicos, enraizados na terra e com seus braços estendidos para o alto até ao céu. O tronco é uma ponte entre os mundos e por isso mesmo uma tora servia normalmente de mesa de altar. Fazer um ritual em frente a uma árvore é conectar-se com o submundo através das raízes e com os céus através dos galhos.
O foco das celebrações está nas deidades personificadas como Deusa e Deus, a Grande Deusa Neolítica, Aquela que dá a vida e recebe-a de volta e o Deus, seu consorte animal neolítico, o Deus Cornífero da Natureza. Juntos, Deus e Deusa dão poder a todas as coisas vivas. São vitais para o ciclo de crescimento das plantas, animais e humanos.
As celebrações servem não só como devoção, mas também funcionam para dar poder ao ambiente. A dança ou outros actos que provocam energia, impregnam o cenário com o que se chama de energia ódica. Actos de calor para a libertar concentravam-se dentro do círculo. É por isso que se acendem fogueiras, velas, etc. A qualidade magnética da energia ódica absorve as imagens mentais dirigidas a ela por participantes do ritual e condensa-as numa força vital.
As plantas e animais são aliados das bruxas. Desta forma surgiu o conceito "familiar". O familiar ajuda a bruxa nos seus trabalhos tanto no aspecto físico como espiritual.
Se uma pessoa está em contacto com um espírito , dizemos que têm um Guia espiritual. O objectivo de um Guia é auxiliar o individuo na sua vida física, experimentando sensações que o levarão à evolução da sua alma. Os Guias falam connosco em sonhos, pensamentos, sentimentos e nunca estamos verdadeiramente sozinhos quando abraçamos os Antigos Caminhos.
Esta é a consciência do Grande Espírito, aquele que ensina os pássaros a fazer os ninhos, os lobos a caçar, etc. Quando se fala do Espírito do Corvo ou do Lobo, falamos da consciência colectiva do Reino Animal, fortificada pela Consciência Divina.
Ao estarmos unidos numa teia de energia, a Natureza manifesta uma força espiritual que é a essência de todas as coisas. Andar pelos antigos caminhos é aceder ao mecanismo interno da Natureza, do qual podemos extrair o conhecimento interior para realizar curas e outros actos de poder. Conhecer os Antigos Caminhos confere-nos a habilidade de distinguir padrões de energia e de saber interpretá-las. Tal conhecimento manifesta-se na compreensão da acção e reacção dentro da ordem natural e da ordem sobrenatural. Na compreensão deste mecanismo está a habilidade de alguém manifestar um desejo pela extracção, condensação e direccionamento da energia etérica para um objectivo pessoal. Algumas pessoas chamam a isto de magia.
Magia é no entanto um aspecto secundário dos antigos caminhos. É o beneficio de praticar a Arte, não a razão dela. Os Antigos Caminhos ensinam o alinhamento com a natureza, ensinam conceitos pré-cristãos, originados pelos povos primitivos que viviam em harmonia com a mesma. Todos os países tinham povos dos Antigos Caminhos, fossem eles xamãs da Europa, índios americanos; eram povos cujas vidas estavam intimamente ligados aos ciclos da natureza.
Como um artista deixa algo da sua natureza numa pintura ou escultura , também assim podemos descobrir algo de Divino nos trabalhos da Natureza. De certo modo a Natureza é um reflexo diminuto da Natureza maior da qual foi tirada. Os Povos dos Antigos Caminhos cuidam dos princípios e dos trabalhos interiores da Natureza a fim de entenderem melhor a Consciência que os fez manifestar.
Nossas próprias naturezas interiores também são reflexos diminutos daquilo que nos criou; reconhecendo nossos próprios espíritos e examinando o reflexo da natureza, podemos chegar mais perto de entender a Divindade, o Universo e a nossa relação dentro dele. Acima de tudo esta é a verdadeira dádiva de praticar os Antigos Caminhos.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Os Anciãos

Os Anciãos ou Grigori foram os primeiros espíritos que viveram na Terra como os elementais e os espíritos da Natureza. Seus nomes são Tago, Bellaria, Settrano e Meana. Algumas tradições usam os nomes romanos dos 4 ventos, quando falam dos espíritos elementais: Boreas, Eurus, Notus e Zephyrus

Cimurata talismã

A Cimurata ou talismã das bruxas é um dos mais antigos símbolos derivado talvez do antigo amuleto de arruda etrusco, feito em bronze, guardado no museu de Bolonha. A Cimurata é feita a partir dum galho de arruda, usada como sinal de admissão na Sociedade de Diana, a antiga Religião das Bruxas. O galho de arruda divide-se em 3 e cada um deles termina com um botão no qual nascem vários símbolos ocultistas.
Normalmente a Cimurata contém os símbolos do peixe, galo, lua, serpente, chave, adaga e flor.
O peixe é dedicado a Diana-Prosérpina, Deusa do Mar e como tal, uma criatura do Submundo. Simboliza a força vital oculta.
O galo é consagrado ao Sol e é apelidado de "guardião vigilante". É o arauto do nascer do sol, mas também é muito agressivo chegando inclusive a perseguir animais maiores quando invadem o seu território. As lendas dizem também que o galo espanta os espíritos indesejáveis.
A Lua aparece como sinal de seguir a Deusa Lunar, pois nos tempos antigos, a Lua era considerada a própria Deusa viva.
A serpente é sinal de saúde, como se vê no antigo simbolismo caduceu. A entrada para o Submundo era guardada por cobras.
A chave é o símbolo do porteiro. A chave dá acesso a lugares proibidos e restritos.
A adaga é o símbolo da transformação, do poder do mago.
A flor é a flor de verbena, com as suas 5 pétalas, simbolizando o pentagrama de protecção