Deus Tríplice

Deus Tríplice
Deus também apresenta a sua tripla face e cada uma delas é importante na formação do homem social.

O Cornífero
Cornífero é o Deus das Sementes, da Fertilidade, Mestre da Morte e Ressurreição, Doador da Vida. Tem vários nomes: Pã, Cernunnos, Osíris, Adônis, etc. Os chifres sempre foram um sinal pagão de algo Divino.
Na época da expansão do Cristianismo, os cristãos adoptaram a imagem do Deus Cornífero para a representação do seu diabo. Com essa atitude a Igreja tentava demonstrar ao pagão que a sua fé no paganismo era má. Mas o diabo é a representação do Mal Absoluto, enquanto o Cornífero é uma força da natureza. No seu papel de Pai, ele dá a vida, mas como caçador ele toma-a na forma de sacrificio para a continuidade da raça. Os primeiros povos sobreviveram graças aos caçadores. Caçava-se um gamo e ele fornecia alimento, agasalho e instrumentos confeccionados com chifres e cascos.

Green Man
Símbolo pré-cristão de um homem feito de galhos e folhas. Era gravado na pedra e na madeira em templos, sepulturas pagãs e igrejas medievais. Usado como um ícone da arquitectura Vitoriana. Ele é o mestre da Colheita e de todo o cultivo da Natureza. Dominador da vida e do crescimento das plantas. Assume vários papeis (entre eles, como Filho e Amante da Deusa):

Dionisio
Deus da vegetação e do vinho. Caracterizado como uma alegre divindade, cujos mistérios inspiraram a adoração ao êxtase e o culto às orgias.

Sileno
seguidor fiél de Dionisio. Gordo, feio e beberrão, Sileno era sábio passando ao Deus, grande parte da sua sabedoria. Costumava estar sempre bêbado nos festejos e recebia ajuda de alguns sátiros.

O Ancião
Ancião é a última face de Deus, personificando a fonte máxima do conhecimento e sabedoria. É o Senhor da Magia, Vida e Morte, Paz e Caos. Está relacionado aos principios dos tempos quando tudo era escuridão e é Ele que conduz os espíritos dos homens a Summerland e entendemos essa passagem, como forma de renascimento. Conhece todos os segredos do Universo. É a face ancião que referenciamos em Samhain, pois na sua sabedoria infinita percebemos a importância da Morte como decorrência da vida.
É o mesmo tempo Deus dos vivos e dos mortos, pois o poder que leva os espíritos à morte é o mesmo poder que traz a vida. Na sua mão, segura o cajado, elo de ligação entre a terra e o céu. É a ele a quem deveremos recorrer nos momentos de dificuldades e anulação de qualquer tipo de malefício. O Ancião já passou pela jovialidade e energia do Cornífero, pela maturidade, entusiasmo e força animal do Green Man. Acomulou toda a experiência e sabedoria que só o tempo pode proporcionar.